De competências a habilidades
Redação
Existe uma urgência de transformar o aprendizado no ambiente de trabalho para acompanhar as demandas da atualidade. Na prática, isso significa abandonar o modelo baseado em conteúdo e controle e adotar uma cultura de confiança. Acreditar no potencial do aprendiz. Transformar o instrutor em facilitador. E construir um ambiente que inspire curiosidade, ousadia, troca e transformação contínua.

Flora Alves –
Vivemos um momento em que o panorama do trabalho mudou drasticamente e as organizações que não acompanharem esse ritmo correm o risco de se tornarem obsoletas. A era das competências rígidas, desenhadas para cargos fixos e funções bem delimitadas, está ficando para trás.
O novo mundo do trabalho exige fluidez, adaptabilidade e, sobretudo, habilidades como ativo estratégico. Não por acaso, empresas mais pragmáticas já perceberam que modelos baseados em competências fixas, tão populares nas décadas de 1980 e 1990, não dão mais conta da realidade atual.
Em seu lugar, surgem as estruturas mais horizontais, com equipes multifuncionais, projetos colaborativos e profissionais que transitam entre diferentes funções e desafios. A relação entre o indivíduo e o cargo se tornou mais maleável.
A mesma pessoa pode contribuir em diversas frentes, de forma simultânea e estratégica. Essa transformação não é apenas operacional, mas cultural.
Ela exige uma nova mentalidade sobre o papel da aprendizagem nas organizações. Não basta trocar um modelo pelo outro; é necessário adotar uma cultura de desenvolviment...