Os sintomas e os sinais da infertilidade feminina
Redação
A dificuldade em engravidar é a incapacidade de conceber após um ano de tentativas sem o uso de contraceptivos. O sintomas relacionados a condições subjacentes, como a síndrome dos ovários policísticos (SOP), que pode incluir acne, hirsutismo (crescimento excessivo de pelos) e obesidade.

Os problemas com a infertilidade feminina envolvem as irregularidades menstruais, como as alterações no ciclo menstrual, como a amenorreia (ausência de menstruação) ou oligomenorreia (menstruação infrequente). A dor pélvica pode ser causada por condições como endometriose ou miomas. O sangramento anormal ocorre fora do período menstrual normal, como menorragia (sangramento menstrual intenso) ou metrorragia (sangramento uterino irregular).
Assim, a dificuldade em engravidar é a incapacidade de conceber após um ano de tentativas sem o uso de contraceptivos. O sintomas relacionados a condições subjacentes, como a síndrome dos ovários policísticos (SOP), que pode incluir acne, hirsutismo (crescimento excessivo de pelos) e obesidade.
Além disso, a infertilidade pode ser causada por fatores como as anomalias estruturais, como miomas, pólipos, ou malformações uterinas. Já as condições hormonais, incluem a insuficiência ovariana prematura ou a síndrome da anovulação crônica. As doenças inflamatórias, como a endometriose, podem afetar a saúde reprodutiva. É importante que as mulheres que apresentam esses sintomas consultem um médico para avaliação e diagnóstico adequados.
O protocolo MS-PCDT: Endometriose de 2025 detalha que a endometriose é uma doença ginecológica definida pelo desenvolvimento e crescimento de estroma e glândulas endometriais fora da cavidade uterina, o que resulta numa reação inflamatória crônica. As localizações mais comumente envolvidas são os ovários, fundo de saco posterior e anterior, folheto posterior do ligamento largo, ligamentos uterossacros, útero, tubas uterinas, cólon sigmoide, apêndice e ligamentos redondos.
É diagnosticada quase que exclusivamente em mulheres em idade reprodutiva. Mulheres pós-menopáusicas representam somente 2% a 4% de todos os casos submetidos à laparoscopia por suspeita de endometriose. Como não há correlação entre os sintomas e gravidade de doença, e como para confirmação diagnóstica é necessária a realização de um procedimento invasivo, como a laparoscopia, a determinação da prevalência é difícil.
Estima-se uma taxa de prevalência em torno de 10%, sendo que, em mulheres inférteis, esses valores podem chegar a índices tão altos quanto 30% a 60%, já em adolescentes submetidas à laparoscopia por dor pélvica crônica, houve prevalência de 62%.
Diversas teorias sobre a patogênese da endometriose apontam para um processo multicausal, envolvendo fatores genéticos, anormalidades imunológicas e disfunção endometrial. Na teoria da implantação, o tecido endometrial, por meio da menstruação retrógrada, teria acesso a estruturas pélvicas através das tubas uterinas, implantando-se na superfície peritonial, estabelecendo fluxo sanguíneo e gerando resposta inflamatória.
A teoria da metaplasia celômica propõe que células indiferenciadas do peritônio pélvico teriam capacidade de se diferenciar em tecido endometrial. A teoria do transplante direto explicaria o desenvolvimento de endometriose em episiotomia, cicatriz de cesariana e em outras cicatrizes cirúrgicas. A disseminação de células ou tecido endometriais através de vasos sanguíneos e linfáticos explica as localizações fora da cavidade pélvica.