O armazenamento de dados não é o mesmo que usar com eficiência
Redação
Muitas organizações confundem infraestrutura com governança da informação. Expandir a infraestrutura significa ter onde colocar os dados. Já a governança significa saber o que está sendo armazenado, onde, por que e como será utilizado. Sem governança, até os sistemas mais modernos viram depósitos de dados sem fundo.

Juliana Bauer Lomonaco Quinto –
Nos últimos anos, testemunhamos um crescimento explosivo no volume de dados corporativos: em 2018, por exemplo, o mundo gerava cerca de 33 zettabytes de informações; agora, a projeção é que o mundo chegue a 291 zettabytes em 2027, de acordo com o IDC Global DataSphere Forecast. Para visualizar: 1 zettabyte equivale a 1 trilhão de gigabytes. Multiplique isso 291 vezes e teremos dados suficientes para encher pilhas de discos Blu-ray que alcançariam a Lua 23 vezes.
Diante desse dilúvio digital, organizações correm para ampliar sua infraestrutura – construindo data centers e migrando sistemas para a nuvem – numa tentativa de armazenar tudo e acompanhar a demanda. No Brasil, investimentos em nuvem e centros de dados locais cresceram vertiginosamente nos últimos anos, acompanhando a transformação digital em diversos setores. Para se ter uma ideia, o investimento em computação em nuvem no Brasil deve crescer cerca de 15% ao ano entre 2025 e 2028, alcançando R$ 331,9 bilhões durante esse período.
Porém, essa reação focada apenas em infraestrutura esconde um paradoxo. Armazenar não é o mesmo...