Publicado em 02 set 2025

Os desafios do trabalho físico na era digital

Redação

O conceito de exclusão digital ganhará contornos ainda mais graves no futuro. Trabalhadores manuais frequentemente não têm acesso a dispositivos tecnológicos, internet de qualidade ou formação para utilizar ferramentas digitais básicas. Isso os afasta não só de oportunidades de capacitação, mas também de processos seletivos, serviços públicos, plataformas de emprego e até direitos trabalhistas em ambientes digitais. Com a automação e a exclusão digital avançando, o trabalhador físico enfrenta desafios inéditos e urgentes em meio à transformação tecnológica.

João Ferrari – 

A digitalização acelerada da economia global tem modificado não apenas os modelos de negócios, mas também a natureza das profissões, sobretudo daquelas ligadas ao trabalho físico. Com a popularização da inteligência artificial, da automação industrial e de recursos digitais, funções que antes dependiam exclusivamente da força humana estão sendo substituídas por máquinas e sistemas inteligentes.

De acordo com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), os impactos das tecnologias digitais já provocam desemprego estrutural, aumento da informalidade e ampliação da desigualdade no Brasil. A chamada revolução 4.0 chegou sem pedir licença, e muitos ainda tentam entender como reagir a ela.

Essas mudanças afetam especialmente os trabalhadores que atuam em setores como logística, construção civil, agropecuária e manufatura, profissões que envolvem atividades repetitivas, mecânicas e, portanto, mais suscetíveis à automação. A tecnologia tem um lado transformador e necessário, mas também pode ser cruel com quem não teve as mesmas oportunidades de formação ou acesso à informação.

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Artigo atualizado em 26/08/2025 01:36.
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