As diretrizes terapêuticas de acidentes escorpiônicos
Redação
Os acidentes escorpiônicos, ou escorpionismo, é caracterizado pela picada de escorpião com ou sem inoculação de veneno (picada seca). Trata-se de um grave problema de saúde pública, especialmente em países de climas tropicais e subtropicais. A sua relevância se deve à frequência de ocorrência de casos e de seu elevado potencial de morbimortalidade, principalmente em crianças com idade = 10 anos.

O escorpionismo é um problema de saúde pública, com alta incidência em regiões tropicais e subtropicais. As picadas de escorpião podem resultar em complicações graves, especialmente em crianças. O gênero Tityus é o mais relevante no Brasil, com Tityus serrulatus sendo a espécie mais frequentemente associada a casos severos.
O tratamento Inicial evolve a lavagem do local da picada que deve ser feita com água e sabão. Os pacientes devem ser encaminhados para unidades de saúde para avaliação e tratamento.
Para o controle da d, utilizar analgésicos como dipirona, com a via de administração dependendo da intensidade da dor. Os pacientes devem ser monitorados por pelo menos 24 horas após a administração do soro antiveneno.
O soro antiescorpiônico deve ser administrado o mais precocemente possível em casos moderados ou graves. A dosagem recomendada é de 3 ampolas para casos moderados e 6 para casos graves.
O soro antiaracnídico pode ser utilizado na ausência do soro antiescorpiônico ou em casos de dúvida diagnóstica. A inclusão deve ser realizada em pacientes de todas as idades com manifestações compatíveis com picadas de escorpiões.
A exclusão ocorre em casos em que as manifestações são causadas por outros animais peçonhentos. Deve-se monitorar os sinais vitais e manifestações clínicas, ajustando o tratamento conforme necessário.
Sempre que possível, capturar o escorpião para identificação e melhor direcionamento do tratamento. A implementação dessas diretrizes é crucial para melhorar os desfechos clínicos em casos de escorpionismo. A educação em saúde e a conscientização sobre medidas preventivas também são essenciais para reduzir a incidência de acidentes escorpiônicos.
O MS-PCDT: Acidentes Escorpiônicos informa que o acidente escorpiônico, ou escorpionismo, é caracterizado pela picada de escorpião com ou sem inoculação de veneno (picada seca). Trata-se de um grave problema de saúde pública, especialmente em países de climas tropicais e subtropicais.
A sua relevância se deve à frequência de ocorrência de casos e de seu elevado potencial de morbimortalidade, principalmente em crianças com idade = 10 anos. No Brasil, o gênero de maior importância em saúde pública é o Tityus, pertencente à família Buthidae.
Dentre as espécies pertencentes ao gênero no país, as principais são: Tityus serrulatus (escorpião amarelo), Tityus bahiensis (escorpião marrom), Tityus stigmurus (escorpião amarelo do Nordeste) e Tityus obscurus (antigo Tityus paraensis, escorpião preto da Amazônia), sendo o primeiro o principal responsável pelos acidentes com maior risco de complicações sistêmicas e de óbitos.
A despeito das características morfológicas, as espécies T. serrulatus, T. bahiensis e T. stigmurus apresentam o mesmo tamanho (5 a 7 cm), diferenciando-se pela coloração e pela presença de serrilha na cauda. T. bahiensis possui coloração marrom e não apresenta serrilha na cauda. Já os escorpiões T. serrulatus e T. stigmurus, têm coloração amarela, com serrilha no 3º e 4º segmentos da cauda e manchas em seus dorsos. As serrilhas na cauda do T. serrulatus são mais evidentes que no T. stigmurus.
Além disso, o T. stigmurus apresenta um triângulo escuro na região dorsal da carapaça e uma faixa escura longitudinal ao longo do pré-abdômen. Já T. serrulatus possui tanto a carapaça quanto o pré-abdômen escurecido.
Por outro lado, T. obscurus é caracterizado pela coloração castanho-avermelhada escura, com cerca de 8 a 10 cm de comprimento, apresentando um espinho sob o ferrão. Os acidentes causados pela espécie de T. serrulatus concentram-se nas regiões do Nordeste, Centro-Oeste, Sul e, principalmente, no Sudeste do país.
De forma similar, os acidentes causados por T. bahiensis apresenta a mesma distribuição geográfica, exceto na região Nordeste. Nessa região, prevalecem relatos de escorpionismo por T. stigmurus, enquanto na bacia Amazônica, destaca-se a predominância de acidentes causados por T. Obscurus.