Os programas de prevenção do assédio corporativo são suficientes ou apenas marketing?
Redação
Esses comportamentos prejudiciais não só afetam o bem-estar das vítimas, mas têm sérias consequências para as empresas, como a queda na produtividade, aumento do absenteísmo e, em casos extremos, a perda de talentos. A falta de uma resposta firme pode resultar em processos trabalhistas e danos à reputação da empresa. Se as empresas não lidam com o assédio de maneira eficaz, elas estão expostas a riscos legais graves, danos irreparáveis à sua imagem, além de poderem perder grandes talentos.

Guilherme Fernando de Almeida Moraes –
O assédio no ambiente de trabalho é uma das questões mais críticas que as empresas enfrentam atualmente, tanto é que ela é um dos pontos que integram a atualização da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), que entrou em vigor em maio de 2025 e que começará a penalizar em 2026. Nessa mudança ocorreu a inclusão de riscos psicossociais, que envolvem questões de saúde mental no ambiente de trabalho, a norma reconhece, finalmente, o impacto de fatores como estresse, assédio moral, sexual, e burnout, entre outros, como elementos que afetam diretamente a saúde do trabalhador.
Embora muitos negócios implementem programas para combater essas práticas, é importante questionar: as ações tomadas são genuínas ou apenas uma fachada de preocupação? O que realmente precisa ser feito para erradicar o assédio, especialmente o assédio sexual, uma forma de violência de gênero que ainda afeta fortemente as mulheres no mercado de trabalho?
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