A prevenção das doenças sexualmente transmissíveis

A prevenção das doenças sexualmente transmissíveis (DST) é um aspecto crucial da saúde sexual e envolve uma série de estratégias e práticas. Algumas das principais recomendações para a prevenção envolve o uso de preservativos que é fundamental e deve ser incentivado em todas as relações sexuais, tanto masculinas quanto femininas.

Também, é importante imunizar-se contra hepatite A (HAV), hepatite B (HBV) e papilomavírus humano (HPV), conhecer o status sorológico para HIV das parcerias sexuais é essencial. Testes regulares para HIV e outras DSTs devem ser realizados. Todas as pessoas vivendo com HIV (PVHIV) devem ser tratadas, pois o tratamento eficaz reduz a carga viral a níveis indetectáveis, o que significa que não há risco de transmissão (indetectável = intransmissível).

Deve-se realizar os exames preventivos, como a colpocitologia oncótica, que é recomendado para mulheres a partir de 25 anos. A profilaxia pré-exposição (PrEP), quando indicada, deve ser utilizada como uma estratégia de prevenção do HIV.

A profilaxia pós-exposição (PEP), em casos de exposição ao HIV, deve ser iniciada imediatamente, dentro de 72 horas. Deve-se promover um ambiente favorável ao diálogo sobre práticas sexuais e saúde sexual é fundamental para a adesão às tecnologias de prevenção. Essas medidas são parte de uma abordagem mais ampla chamada prevenção combinada, que integra as intervenções biomédicas, comportamentais e estruturais para reduzir o risco de infecções.

O MS-PCDT: Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis de 2025 garante que a saúde sexual é uma estratégia para a promoção da saúde e do desenvolvimento humano e integra aspectos somáticos, emocionais, intelectuais e sociais do ser sexual, de maneiras que são positivamente enriquecedoras e que melhoram a personalidade, a comunicação, o prazer e o amor. A sexualidade pode ser definida como uma questão essencial do ser humano, que contempla sexo, identidades e papéis de gênero, orientação sexual, erotismo, prazer, intimidade e reprodução, sendo influenciada por uma relação de aspectos biológicos, psicológicos, socioeconômicos, políticos, culturais, legais, históricos, religiosos e espirituais.

Pode ser vivida e expressada por meio de pensamentos, fantasias, desejos, crenças, atitudes, valores, comportamentos, práticas, papéis e relacionamentos, embora nem todas essas dimensões sejam experimentadas ou expressadas. A percepção dos riscos de adquirir uma infecção sexualmente transmissível (IST) varia de pessoa para pessoa, e sofre mudanças ao longo da vida.

A prevenção dessas infecções impulsiona a continuidade de projetos pessoais, como relacionamentos, filhos(as) e vida sexual saudável. Para que a prevenção ocorra com maior eficácia, deve-se usufruir de todos os avanços científicos existentes.

A prevenção combinada remete à conjugação de diferentes ações de prevenção às IST, ao HIV e às hepatites virais e seus fatores associados. Assim, sua definição está relacionada à combinação das três intervenções: biomédica, comportamental e estrutural (marcos legais), aplicadas ao âmbito individual e coletivo.