Como adotar a tecnologia da informação sem abandonar o lado humano
Redação
Em busca de velocidade e eficiência, imperativos do nosso tempo, muitas lideranças estão correndo o risco de automatizar também suas relações humanas. Para se ter uma ideia, já existem exemplos de processos de desligamento mediados exclusivamente por sistemas, bem como de metas definidas com base em algoritmos que ignoraram realidades individuais e coletivas.

Cláudia Marquesani –
Vemos e vivenciamos um momento inédito: a inteligência artificial já não é o futuro, mas o presente. Não está só impactando nossas vidas, mas transformando a realidade das organizações; não se limitando à automatização de processos, mas ressignificando o próprio modelo de liderança que conhecemos.
A partir desse cenário, a grande pergunta que precisamos responder hoje não é mais se a IA substituirá líderes, mas como a liderança pode evoluir ao lado dela sem perder sua humanidade? A resposta para essa transição exige um novo tipo de mentalidade.
Nos últimos anos, o uso de IA nas empresas passou a ocupar o centro da estratégia. Uma pesquisa conduzida globalmente pela KPMG identificou que, no Brasil, 86% das empresas já utilizam IA nos seus processos corporativos.
Isso vem influenciando o que fazemos, como pensamos e decidimos, mudando a própria natureza da liderança. Agora o bom gestor já não é apenas quem aponta o caminho, mas quem interpreta um volume crescente de informação, navega na ambiguidade e mantém a equipe conectada a um propósito claro.
O problema é que em busca de velocidade e...