A patogênese dos hemangiomas infantis
Redação
Os hemangiomas infantis são os tumores vasculares benignos mais comuns na infância. A grande maioria deles não apresenta complicações nem necessita de intervenção terapêutica, mas alguns deles podem estar associados a alterações estéticas relevantes e morbidade manifesta.

A patogênese dos hemangiomas infantis (HI) não é completamente compreendida, mas estudos sugerem que eles se originam de células endoteliais progenitoras intrínsecas ou de angioblastos de origem placentária. O crescimento dos hemangiomas é influenciado por mecanismos intrínsecos, como fatores angiogênicos, e por fatores externos, como a hipóxia.
A expressão aumentada do transportador de glicose GLUT-1 em células endoteliais do hemangioma, bem como a presença de antígenos vasculares associados à placenta, são alterações que não são observadas em células endoteliais normais e podem ser consideradas marcadores fenotípicos do hemangioma. Além disso, fatores celulares e moleculares, como o fator de crescimento vascular endotelial, o fator de crescimento de fibroblastos e o fator de crescimento semelhante à insulina tipo 2, estão relacionados às fases de proliferação e regressão dos hemangiomas.
A heterogeneidade na apresentação e evolução clínica dos hemangiomas é notável, com a maioria ocorrendo na cabeça e no pescoço, embora possam aparecer em qualquer região da pele, mucosas e órgãos internos. Os hemangiomas geralmente não são clinicamente evidentes ao nascimento, mas se tornam aparentes nas primeiras quatro semanas de vida, com o crescimento mais significativo até o quinto mês, na fase proliferativa, que pode se estender até os 12 meses.
Entre 6 e 12 meses, a maioria dos casos entra na fase involutiva, onde ocorre a regressão da lesão, geralmente até os quatro anos de idade. De acordo com o MS-PCDT: Hemangioma Infantil, eles são os tumores vasculares benignos mais comuns na infância.
A grande maioria dos HI não apresenta complicações nem necessita de intervenção terapêutica, mas alguns deles podem estar associados a alterações estéticas relevantes e morbidade manifesta. São caracterizados por uma fase de rápida proliferação de vasos sanguíneos no primeiro ano de vida, seguida por uma fase de involução, na qual ocorre uma regressão gradual do tecido vascular, que é substituído por tecido fibroso, e uma fase na qual não há mais modificação na lesão, chamada involuída.
É importante ressaltar que hemangiomas congênitos são uma entidade biológica e de comportamento diferente dos HI – aqueles são caracterizados por estar presentes e totalmente desenvolvidos ao nascimento, não apresentando a fase proliferativa pós-natal e não sendo objeto deste Protocolo. Com relação à epidemiologia, os hemangiomas estão presentes em cerca de 4%-5% da população.
Se avaliados durante o primeiro ano de vida, a incidência aumenta para 10%-12%. Cerca de 80% das lesões são observadas durante o primeiro mês de vida, sendo localizadas na região cervicofacial em 60% dos casos (3,7).
O sexo feminino é acometido com uma frequência de duas a três vezes maior do que o sexo masculino. As lesões complicadas tendem também a acometer mais as mulheres.
Fatores de risco incluem prematuridade, sobretudo se associada a baixo peso, e fatores maternos (idade materna, placenta prévia e pré-eclâmpsia, entre outros). São esporádicos em sua maioria, embora exista uma forma familiar de transmissão.
A patogênese desses tumores não é completamente conhecida. Eles parecem se originar de células endoteliais progenitoras intrínsecas ou de angioblastos de origem placentária.
Seu crescimento é afetado por mecanismos intrínsecos, como fatores angiogênicos, e por fatores externos, como hipóxia. Estudos que avaliaram espécimes patológicos demonstraram haver expressão aumentada do transportador de glicose GLUT-1 em células endoteliais do hemangioma (11), bem como de antígenos vasculares associados à placenta (12). Tais alterações não são observadas em células endoteliais normais, podendo ser consideradas um marcador fenotípico do hemangioma.
Os fatores celulares e moleculares, como fator de crescimento vascular endotelial, fator de crescimento de fibroblastos e fator de crescimento semelhante à insulina tipo 2, estão relacionados às fases de proliferação e regressão. Há uma enorme heterogeneidade em termos de apresentação e evolução clínica.
Ocorrem mais comumente na cabeça e no pescoço, embora possam estar presentes em qualquer região da pele, mucosas e órgãos internos. Em geral, os HI não são clinicamente evidentes ao nascimento, mas tornam-se aparentes nas primeiras quatro semanas de vida e têm a maior parte de seu crescimento até o quinto mês, na fase denominada proliferativa, que eventualmente pode se estender até os 12 meses.
Entre 6 e 12 meses, a maior parte dos casos entra na fase involutiva, na qual ocorre a regressão da lesão, geralmente até os quatro anos de idade. Apesar de os HI apresentarem regressão espontânea, a involução máxima não necessariamente significa resolução completa.