Publicado em 07 abr 2020

A segurança em serviços com eletricidade

Redação

Nos últimos cinco anos, o número de acidentes com eletricidade no Brasil subiu 34%, pois, só no ano passado, foram registrados 851 acidentes por choque elétrico, com 627 mortes, um índice de letalidade de quase 74%. Para a Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel), o índice é considerado assustador e alarmante, já que correr riscos com a energia elétrica pode custar a vida ou causar graves transtornos e perdas materiais. Podem ser citados alguns exemplos de serviço com risco, como as medições, testes, ensaios de componentes elétricos e instalações elétricas; serviço nas proximidades do banco de baterias ou capacitores; abertura de porta dos conjuntos de manobra ou remoção das barreiras de proteção; remoção e inserção de fusíveis; perfuração, escavação ou penetração de paredes, pisos e forros; lançamento de cabos em leitos, canaletas ou envelopes; instalação de desvios (jumper); instalação e remoção dos dispositivos de aterramento; operação de chaves, disjuntores e interruptores; remoção e inserção de unidades funcionais e disjuntores em equipamentos; serviço de desmontagem e remoção ou rearranjo da instalação elétrica; e atividades de comissionamento e partida. Dessa forma, todas as atividades e serviços em equipamentos ou no sistema elétrico sejam com base em procedimentos de segurança para realização do serviço, além dos procedimentos técnicos do serviço. Os procedimentos de segurança necessitam ser elaborados mediante análise dos riscos de eletricidade que possam estar presentes, e para cada risco indicar as melhores medidas de controle para eliminar estes riscos.

Hayrton Rodrigues do Prado Filho – 

Conforme o Anuário Estatístico de Acidentes de Origem Elétrica 2020 (ano base 2019) da Abracopel, houve um aumento em todos os dados apurados. As mortes por choque elétrico que, em 2018, vitimaram 627 pessoas, em 2019 chegou a 697, um aumento de 12%. Já os incêndios originados em sobrecargas de energia e posterior curto-circuito subiram ainda mais: em 2018 foram 537 incêndios com 61 mortes; 2019 fechou com 656 incêndios e 74 mortes, neste caso o aumento foi de 23%. Os acidentes com descargas atmosféricas (raios) aumentaram de 51 para 85 ocorrências e de 38 para 50 mortes, de 2018 para 2019.

No caso das instalações elétricas, há uma realidade constatada há 15 anos e que continua sendo evidente nas instalações elétricas antigas: a falta dos principais componentes de segurança, dentre eles o Dispositivo Diferencial Residual (DR) que desde 1997 é obrigatório pela ...

Artigo atualizado em 07/04/2020 07:37.

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