Publicado em 14 abr 2020

Vamos falar sobre saneamento

Redação

Há alguns anos, uma visão mais abrangente do saneamento vem se consolidando, partindo da premissa de que não basta disponibilizar obras para o alcance dos seus benefícios, pois as medidas de saneamento podem ter seus efeitos sobre a saúde minimizados ou até mesmo anulados, por fatores de ordem comportamental ou ambiental.

Wanderley da Silva Paganini - 

Saneamento é saúde. Eventos históricos e estudos epidemiológicos estão aí para comprovar a veracidade dessa informação. Os efeitos benéficos diretos e indiretos do abastecimento de água e do esgotamento sanitário sobre a saúde, e os investimentos em saneamento adequadamente aplicados têm mostrado, em médio e longo prazos, sua relação com a redução dos índices de mortalidade infantil e de doenças de veiculação hídrica.

Mas o momento atual trouxe nova força a essa frase. O simples ato de lavar as mãos é a mais importante barreira sanitária na proteção contra a covid-19. Mas para lavar as mãos é preciso ter acesso ao saneamento, e sob esse aspecto, o Brasil ainda precisa melhorar.

E parece oportuno falar sobre saneamento nesse momento, para que ele ganhe força, como ação prioritária, após a superação da pandemia do novo coronavírus. Há alguns anos, uma visão mais abrangente do saneamento vem se consolidando, partindo da premissa de que não basta disponibilizar obras para o alcance dos seus benefícios, pois as medidas de saneamento podem ter seus efeitos sobre a saúde minimizados ou até mesmo anulados, por fatores de ordem comportamental ou ambiental.

Essa constatação não é apenas teórica. O setor de saneamento, fortemente ligado ao campo da engenharia, já possui evidências que lhe permitem aceitar essa realidade. As obras e os equipamentos de saneamento só funcionarão como uma efetiva barreira san...

Artigo atualizado em 15/04/2020 02:02.

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