Publicado em 16 fev 2021

O ensaio de emissão acústica para detectar descargas parciais em subestações

Redação

Por meio do ensaio por emissão acústica é possível não só detectar a existência de anomalias internas, associadas a efeitos termoelétricos, mas também localizar com precisão as coordenadas da fonte de emissão em relação a um ponto de referência, sendo assim possível encontrar a origem do problema. Isso permite minimizar os custos de manutenção e o tempo ocioso, além de evitar paradas inesperadas e as inconveniências geradas em razão de falhas nos equipamentos. A inspeção é realizada com o equipamento em operação, por um período de até 24 horas. O monitoramento é realizado através da instalação de sensores na parede externa do transformador ou do reator nas condições de serviço. Todo esse processo é importante, pois a manutenção elétrica é um procedimento importante em toda subestação, seja industrial ou de concessionárias de energia. Pode-se acrescentar que o fenômeno das descargas parciais (DP) está baseado no princípio de que todos os materiais isolantes possuem microcavidades, seja por sua estrutura intrínseca, seja por sua manipulação durante o processo de fabricação. Quando esses materiais isolantes são submetidos a um campo elétrico de alto gradiente, podem ocorrer descargas internas nas microcavidades, que gradualmente provocam a erosão de suas paredes até que essa microcavidade tenha uma dimensão igual à espessura do material isolante, resultando então em uma descarga total para a terra e consequente falha do isolamento do cabo elétrico. As DP presentes em um isolante é o primeiro sintoma de que alguma anomalia está ocorrendo no material e, por consequência, a sua identificação permite prever possíveis falhas futuras. Conhecer o estado dos equipamentos em operação e prever possíveis falhas são essenciais na redução de custos e no aumento da confiabilidade dos serviços prestados. Deve-se entender o método de ensaio de emissão acústica (EA) para detectar e localizar descargas parciais e anomalias mecânicas (DPAM) em subestação isolada a gás.

Da Redação – 

A aplicação das técnicas preditivas de manutenção busca conhecer as ocorrências de defeitos e de falhas em equipamentos por meio de monitoramento ou avaliações das condições de seu funcionamento com base em dados com os quais se possam inferir desgastes ou processos de degradação. Nesse sentido, são indispensáveis, para os diagnósticos que venham a resultar da aplicação dessas técnicas, os conhecimentos e análises de fenômenos e das características técnicas de funcionamento do equipamento, bem como de todos os seus comportamentos e/ou respostas nas seguintes situações: quando sujeitos às sobrecargas térmicas.

Isso inclui os casos de degradações de materiais ou quando submetidos a esforços eletrodinâmicos e mecânicos. No caso de transformadores de potência imersos em óleo, incluem-se: as vibrações mecânicas; as variações de temperatura interna; a formação de gases no líquido isolante; o envelhecimento da isolação celulósica; a formação de descargas parciais; e a distribuição das linhas de campo elétrico no interior do equipamento.

Assim, com base na análise dos resultados da aplicação de uma técnica pr...

Artigo atualizado em 16/02/2021 10:45.

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